Um laudo da Polícia Federal concluiu que a queda da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, sobre o Rio Tocantins, entre os estados do Maranhão e Tocantins, foi provocada por falta de manutenção, reformas mal executadas e negligência do poder público. A tragédia aconteceu em 22 de dezembro de 2023, deixando 14 mortos, 3 desaparecidos e apenas uma sobrevivente.

A estrutura, construída em 1961, passou por uma reforma entre 1998 e 2000. No entanto, um relatório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), emitido em 2020, já alertava que a ponte estava em situação crítica e precisava ser totalmente reconstruída.

Segundo o laudo, a parte central da ponte apresentou deformações causadas pela ausência de manutenção adequada. O DNIT chegou a contratar uma empresa para a reforma, mas a obra não foi executada a tempo.

A reconstrução da ponte está orçada em R$ 171 milhões e deve ser concluída até dezembro de 2025. O DNIT informou que cerca de 50% da nova estrutura já está pronta, incluindo parte dos pilares.

Mesmo com o avanço das obras, moradores de Estreito (MA) seguem preocupados com a presença de caminhões submersos contendo substâncias perigosas no local do acidente. Segundo denúncias, a retirada desses materiais foi prometida há dois meses, mas ainda não ocorreu. A região abriga praias e áreas de lazer, como a Ilha Cabral, o que aumenta o risco de contaminação para banhistas.

A tragédia evidencia a necessidade de investimentos regulares em infraestrutura e fiscalização rigorosa para evitar novos desastres.